“Quem nunca sofreu por amor nunca aprenderá a amar. Amar é o terror de perder o outro, é o medo do silêncio e do quarto deserto, de tudo o que se pensa sem poder falar, do que se murmura a sós sem ter a quem dizer em voz alta. É preciso sentir esse terror para saber o que é amar. E, quando tudo enfim desaba, quando o outro partiu e deixou atrás de si o silêncio e o quarto deserto, por entre os escombros e a humilhação de uma felicidade desfeita, resta o orgulho de saber que se amou.”


in Rio das Flores – Miguel Sousa Tavares

Dias Felizes sem traumas. Assim iremos ser Felizes

Anda Comigo, vamos ver o que deixamos para trás.
Se te perderes telefona-me ou manda-me uma carta ou beija-me.
Por favor não fiques por aí,
Anda Comigo, vamos ver que flores sobreviveram.

Passam por Ti, os Cães.
Corre Depressa, Abraça-me.
Eu faço com que sobrevivas aos Cães,
Corre Depressa, eu juro que te abraço.

Quando quiseres ser Grande reza, os dias de Amor chegaram.
Diz-me, foste tu que os trouxestes?

É esta a Razão para Continuar.
É esta a Razão para Correr, para Gritar, para Cantar na Rua.
É esta a Razão que o Coração quer.
São os Sonhos.
Os Doces Sonhos. Os estratégicos e imponentes Sonhos.

E se fosses tão poderosa quanto os Sonhos?
O sacrifício seria maior e esse seria o teu Dom.
E se tivesses o Poder sobre o Coração?
As asas cresciam e essa seria a tua Verdade.

Os Dedos mantêm-se e o Cigarro também

Os dedos mantêm-se iguais.
As mesmas auto-formas com que nos deliciávamos quando éramos pequenos.
As mesmas dedicatórias e frases espalhadas pelo Vento.
Os mesmos símbolos que nos prendem a momentos,
Que nos prendem a pessoas que fizeram de nós gente.
Transformamo-nos em antigas estrelas de Rock.
Escondemo-nos do passado, da Vida que era nossa e onde prendemos pessoas a Nós.
O Cigarro já faz parte. Já entrou por Nós adentro.
Uma forma de respirar, uma forma de harmonizar o ambiente e talvez o Ar.
O nosso tão adorado Ar que era testemunha daquelas tão grotescas risadas em dias de Amor ao ar livre.
É por isso que o cigarro faz parte de Nós.
Cada um com o seu cigarro, cada um a lembrar as risadas e os momentos e ainda os dedos que cresceram e que iniciaram os dias.
Cada um com o seu cigarro a partilhar com o Mundo cá fora
As histórias, as palavras ditas, os momentos que ficaram presos com as suas gentes.
Cada um com o seu cigarro que atravessa a mudança, que marca cada dia, que nos lança no nosso passado.
Cada um com o seu cigarro.
Cada um a comemorar
Cada um a desejar que momentos como estes voltem e tal como o cigarro,
Fiquem marcados nos dedos.



Imagem retirada de: http://vekikiprojects.blogspot.com/2010/01/o-cigarro.html