terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Porque as Fotografias fazem parte de Nós...




Essas tuas mesmas Palavras.

Estas mesmas Palavras são nos comuns.
Saem ao mesmo tempo da nossa boca.
Entram ao mesmo tempo na nossa cabeça.
Sentamo-nos assim um ao lado do outro.
Voltamos a repetir a Experiência.
As palavras iguais.
Os sonhos iguais.
Agora cresceste mas não é por isso que esquecemos um do outro.
Continuas a ser menina Criança.
Com o teu olhar eterno que o tempo não mudou.
Continuas a dizer outras palavras.
Com a mesma intensidade de uma Mulher.
Imagino-te pura e doce brindada com o Vento.
Dou por ti a meu lado.
Sem nada para dizeres.
Pedes em voz baixa que o tempo conserve este momento.
Só eu ouvi o pedido que fizeste ao tempo.
Só eu ouvi Essas Tuas Mesmas Palavras.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Passos III [Com um pouco mais de Ti]

Pedimos ajuda porque não sabemos Amar.
Porque como duas Crianças não sabemos o que é Amar.
Apenas damos as mãos e nos beijamos.
Apenas vivemos como crianças que querem Brincar ao faz de conta.
Esperamos Crescer, mais e mais até alcançarmos o Céu.
Esperamos chegar ao Cume da Montanha,
Queremos ir Longe, sem Destino ou Limites.
Desejamos agarrar o Caminho como se fosse o único Resto da Vida.
Não temos Direcção certa.
Demoramos a entender onde estamos,
Qual o trajecto a seguir?
Não dispomos de um Rumo certo.
Iremos seguir o Vento
Até chegar a Primavera.
Apelo: "Não me deixes Cair!"

Aviso: Segura-te a Mim.
Vamos Voar!

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Passos II [Com um pouco menos de Coração]


A Casa!!!!!

Faz-me falta voltar a Casa!

Faz-me falta Respirar na Casa!

A Morada que guarda o Coração!

A Minha Casa!

Onde comecei a ficar com Alma!



Se o Amor é um Verbo,

Então o Sonho é o que?

Um Mundo?

Uma Realidade?



Rua Deserta...

Cidade Deserta...

Sem Cor...

Sem Corpos...

Com Nada...

Com Tudo...


Também eu gosto do Mar,

Só não sei quando vai voltar.

Talvez um dia...

Tavez um Sempre...

Só o Mar deverá voltar

terça-feira, 1 de abril de 2008

Passos...


As palavras ficam sem sentido.
Apenas nós, Corpos.
Apenas nós, Almas.
Enquanto tomo um Copo de Ti,
As pessoas passam perante a janela
Com as suas Vidas, com os seus gostos e desgostos.
Passam a assobiar, a rir e a acenar.
As pessoas vivem, não temendo o que se passa do outro lado da Casa.

Ainda o mesmo antídoto.
Se o Céu não precissa-se de errar,
Quem seríamos nós?

Caras, tenho muitas,
As que forem precisas.
Não importa o limite,
Apenas a descoberta.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Momento de Vida em Mim

Tudo agora pertence a um imaginário de figuras.
Os seres que eu consigo ver, as Almas que eu consigo tocar,
As imagens e os Corpos que me restam.
Tudo faz parte de coisas que eu não consigo ver.

O abrir de portas é inóspito.
Percorro vários lugares até chegar ao vazio.
Pedem-me Palavras, Pedem-me para que eu seja um pouco de mim.
Um pouco louco, um pouco de luta pelas horas que hão-de passar.
As horas em que podia estar longe,
As horas em que podia satisfazer o meu Corpo e preencher a minha Alma.

As lembranças de tempos [In] úteis.
A lembrança de arriscar, de fazer tudo menos o querer ser feliz.
As lembranças de tempos em que prendia os meus olhos, em que prendia o meu olhar.
Tudo isto já não me resta, tudo isto já pertence a um sítio que não é meu.

O poder e o querer fazer,
O querer e o não deixar fazer.
Um duelo de coisas sem valor,
Um duelo que dura dentro de mim já há muito.
Mas ainda o fazer, o deixar tudo e o dever de o fazer.
Mesmo que fique sem nada,
Mesmo que fique sozinho por entre a escuridão,
Tenho que o fazer.
Porque se não o fazer não me juntarei aos seres felizes,
Nem me tornarei, nem deixarei quem quer ser feliz.


E depois o Encontro…


Depois de ter estado tão perto,
Depois de ter tocado o fruto proibido,
Depois de ter ido ao Verde dos Campos e voltado,
Depois de ter feito tudo e não ter feito nada.
Recordo-me que já fui gente,
Apesar de não ter tido o tempo e a raiz suficiente.
Mas depois do tudo e depois do nada,
Recordo-me do momento,
Da Força que fiz naquele momento.
Do Poder que fiz para que aquele momento nunca acabasse.
Mas naquele momento,
Deus não quis que eu fosse e que deixa-se o Ser Feliz.


O Regresso…


[Não é nenhuma manhã de Nevoeiro,
Nem eu sou um Rei que partiu para a Guerra.]

Depois do Tempo ter passado,
Depois das Palavras terem acabado,
Decidi que o voltar a falar era o ideal.
Se o tempo já tinha passado, se a Esperança já tinha passado então era o melhor a fazer
Regressar ás Palavras, Regressar ao sentido do destino dos actos.
Voltar a sorrir e a Olhar para quem me tirou de mim e me deu um Momento de Vida em Mim.

Uma outra forma de Renascer


Fotografia retirada de: