sábado, 8 de setembro de 2007

Como se não houvesse sitio para onde ir
Fico imune á tua beleza, quando passas por mim na rua
Na rua que acolhe os meus passos
Na rua onde me torno vagabundo e pobre.

Já sinto saudades da casa, da casa que não é minha,
Da cama que dava hábito ao meu corpo.
Já sinto saudades dos sonhos,
Dos meus sonhos que se transformavam em ares quentes que em mim prenoitam.
Já sinto saudade do Amor,
Das pétalas das flores a descerem sobre nós.

A noite cresce,
Fica tão grande quanto a Lua,
Fica gélida mas um pouco menos fria,
E os meus desejos aumentam
Ficam tão grandes quanto o Sol.

Imagino-te nua, na minha cama
Na minha cama onde todas as noites me deito,
Onde o meu corpo tem sede e fome de outros corpos.
Imagino-te nua, sem roupa, sem nada a cobrir o teu belo corpo,
Imagino-te sozinha, sem sitio para onde ires.


Novo dia nasce...
Novo sol se ergue...