domingo, 23 de agosto de 2009

Palavras...

Perdoa-me as Palavras.
Perdoa-me as Mãos que não demos,
E os beijos que não soubemos dar.
Perdoa-me os meus passos fracos e a minha força leve.
Perdoa-me o fechar de portas e o virar de costas ao Coração.
Perdoa-me os afectos não sentidos e os abraços que nos fizeram falta.
Perdoa-me o Carinho que te não soube dar.
Perdoa-me por não ter estado contigo no Nascer do Sol,
E por não ter estado contigo no levantar da Manha.
Perdoa-me por não te ter sentido durante todo o Tempo,
Todo o Tempo que ia passar por nós e pelo nosso Amor.
Perdoa-me pelas vezes demais em que te olhei.
Pelas vezes demais em que sorri para ti,
E que te desejei.
Pelas vezes demais em que pensei em Ti.
Perdoa-me as vezes em que não passeie Contigo.
Perdoa-me as vezes em que te abandonei.
A Ti. Sozinha parada no tempo.
Perdoa-me por não te ter visto.
Perdoa-me se te deixei sozinha á beira da estrada sem nenhuma Flor vermelha no teu Cabelo.
Perdoa-me se te deixei sozinha, assim bela, assim a dançar perante o Vento.
Peço o teu perdão se não te levei á Casa onde são fabricadas as Palavras.
Se não te levei ao Rio onde tantas vezes me imaginei Contigo.
Peço o teu Perdão se não te soube Amar como uma Criança.
Peço-te Perdão se o Ser se transformou num Monstro.
Num ideal não conhecido por Ti.
Peço-te Perdão se não te levei a ver as Estrelas, a Lua e o Sol.
Peço-te a Ti o desejo.
O Desejo que quero que volte á minha Alma.
Mais forte. Mais intenso.
Mais, meu Desejo.
Peço-te para que venhas.
Para que voltes a Mim.
Para que juntos voltemos a dar as Mãos,
Para que juntos voltemos a Cantar para o Tempo e a dançar para o Vento.
Peço-te para que juntos voltemos a Sorrir,
Para que juntos voltemos a Amar como duas Crianças.

Um comentário:

Ana disse...

Eu perdoava-te :)... Espero que a pessoa para quem escreveste este poema faça o mesmo. Beijo