domingo, 2 de agosto de 2009

Passeias-te Imperatriz

Passeias-te á minha frente como se não tivesse havido passado.
Passeias-te por mim, Imperatriz possuidora do teu saber.
Ridícula, Forte, tentando ver o tempo passar.
Ao passeares, o teu Corpo deseja ser mais forte, deseja [ter] alguém.
Ao passeares pela terra, vês o teu estado. Fraca, sem bravura sem hipóteses de outra luta.
Não possuíeis saber.
Nem Trono.
Nem Coroa de Rainha.
Mas mesmo assim passeias.
Sem Nada, sem saber, sem bravura, Ridícula.
Com o desejo de ter alguém. Pela traição ao teu Trono, ao teu Amor.
Pelas lágrimas que os teus olhos deitaram.
Pelos sorrisos que os teus lábios não deitaram.
Pelo Amor que alguém não foi capaz de ter dar.
Imperatriz, Passeia-te.
A Ti, ao teu Corpo, ao teu Coração, á tua Alma.
Enquanto te passeias, não te vais lembrando do que foste, do que te fizeram, do que não quiseste ser.
Imperatriz, não te chamarei Ridícula nem fraca nem capaz de teres força.
Porque assim, apenas eu te vejo.
Apenas eu te imagino a tocar o mesmo chão do Povo.
Apenas eu ainda a querer cheirar o teu Perfume, o teu Amor.
Apenas eu a chamar-te Imperatriz.
Sem ninguém saber, nem Tu nem Eu.

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